Editorial (excerto)
O segundo número do Jornal é dedicado à auto-edição relacionada com uma noção alargada de autobiografia e o desdobramento das múltiplas narrativas de si. Parafraseando Gisela Rosenthal, interessou-nos o auto-questionamento e pesquisa em torno do acto criativo que se prolonga na prática da auto-representação (…).
(…) Desejando estabelecer colaborações além-fronteiras e cativas da nossa admiração, convidámos a colectiva feminista brasileira Papel Mulher, fundada por Alexandra Maia em colaboração com Jessyka Ribeiro e Julyana Mattos, a ceder-nos graciosamente um conjunto de cartazes, e generosa e prontamente aceitaram. Tal como Papel Mulher também nós celebramos a poesia como gesto político. Tal como Papel Mulher também nós acreditamos na beleza da diversidade, na potencialidade da troca e da força destes modestos objectos impressos, na importância em dar e partilhar a palavra, e que as mais variadas formas de expressão artística, como a literatura, podem ser “um meio de transformação de subjetividades e, quem sabe, de transformação de sociedade.”
Oxalá!
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